quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Bruno vs Seleção do Resto do Mundo

Bem... Como comentei, o fim de semana foi tranquilo, mas a Sexta foi um presságio de uma semana from hell. Até a outra Sexta eu vou estar atolado de trabalho e o estresse está gigante no estúdio. Fora isso, a cada dia que passa meu saco cheio com tudo, aumenta. Não aguento mais a cidade, o apartamento, o próprio estúdio. Já deu.

Pra melhorar tudo, nada de respostas dos currículos enviados. Não tenho tido tempo também pra atualizar o meu site profissional, nem de ficar procurando mais vagas pra mandar mais currículos. E essa demora toda também me enche o saco. Eu vim com a intenção de estar em Buenos Aires en passant, mas a sensação é que eu tô náufrago aqui. E, sinceramente, se Tom Hanks ou a galera de Lost achavam que as ilhas deles eram punk, eles deviam passar uma temporada ilhados aqui na Argentina pra ver o que é trash.

Pra finalizar com chave de ouro, desde quarta que Marcela está sem Internet. Ou seja, a distância que já era excruciante, ficou... Bem. Ficou alguma coisa pior que excruciante, que é tão foda que eu nem consigo pensar um adjetivo que dê a noção da intensidade. E, como é comum no Primeiro Mundo, na Inglaterra demoram, incrivelmente, UMA SEMANA INTEIRA, para reativar a Internet na casa dela. Sério. Só Terça que vem ela vai ter aceso de novo. Nem em São José da Puta Que Pariu, ou Cabrobó (para usar uma referência real), demoram tanto!

Quer aloprar, é?

Todo mundo sabe que eu não sou lá o Senhor Paciência, mas ultimamente, acho que por já estar, por default, de saco cheio de tudo aqui, ando um pouco mais irritadiço que o normal... Dá pra visualizar?! Pois bem, Quinta passada eu resolvi seguir as dicas e me esforçar para não me estressar muito com bobagens... Foi o suficiente para o Mundo, a Vida, o Acaso e todas estas entidades abstratas que são fiéis seguidoras da Lei de Murphy, declararem guerra a minha, já facilmente irritável pessoa...

Sexta, já cedinho, o meu forno recusou-se terminantemente a acender e, quando fui abrir o pacote da comida do gato ele meio que explodiu, jogando ração pela cozinha e sala -- ou seja, 75% da casa -- e me obrigando a agradabilíssima atividade de varrer o chão. Duplamente agradável quando feita as 6:30 da manhã, todos deveriam tentar uma vez por semana, pelo menos. Normalmente eu ficaria puto e veria como um presságio de mal dia. Mas eu só dei aquele risinho superior, como Prometeu deve ter dado quando teve a genial idéia de roubar o fogo dos Deuses, mal sabendo que ia se f... mais na frente, e segui adiante.

O dia foi estressante no trabalho, mas nada digno de nota, tirando o fato de ter, exatamente 1.275.403 vezes, o seguinte diálogo:

- Tás doente?
- Não, porque?
- Não reclamasse de nada hoje.
- Ha ha ha.

O golpe de misericórdia estava reservado, maquiavelicamente, para aquela hora mágica da semana, ou seja, o final do dia de trabalho da Sexta, início do esperado fim de semana...

Quando saio do trabalho, cedinho, porque queria falar com Cela no Skype. Uma chuva de proporções épicas. Sério. Saí na chuva, assim mesmo, pois "não queria me atrasar" e não ia ser um toró de nada que ia me impedir de chegar cedo em casa -- de novo a superioridade dos tolos mortais que enfrentam as forças da natureza e de Murphy. Claro, o metrô estava parado. Todas as linhas! Nunca vi isso. Mas ainda assim, continuei rindo, tranquilo, e fui esperar um táxi.

Meia hora depois, já que não há táxi suficiente para todos os Bonairenses, passa um livre, mas como ele me viu "em cima" parou a uns 10 metros. Obviamente, do Nada (Outra daquelas entidades abstratas superpoderosas), surge um porteño filho da puta e entra no táxi antes de mim. Touché!

Assumo que fiquei puto por uns 3 segundos antes de racionalizar e voltar ao meu não usual bom-humor. Desisti de esperar o táxi e pensei "Vou andando pela Córdoba, que é na direção de casa, ligado em algum táxi, na pior das hipóteses ando uns quarteirões antes de chegar um...". Depois de muitos quarteirões, nada de táxi, mas a estação do metrô indicava que a minha linha estava com serviço limitado. Desci e ele estava normal de onde eu vinha (ou seja, do trabalho) até duas estações de onde eu estava. Ou seja, estava funcionando normal agora, pelo trecho que eu já tinha andado. Aí já é requinte de crueldade, né? Peguei o metrô pra andar as duas estações que falatavam e caminhei o resto seguindo a lógica de esperar o táxi andando. Resultado: cheguei, a pé, à gloriosa Ilha Palermo. É. O bairro estava com água no tornozelo, algumas ruas na canela.

Finalmente, quando chego em casa, todo molhado, mas tranquilo -- o que já me daria direito a um troféu! -- está faltando luz. Mantive a calma e fui, muito pacientemente, procurar uma vela na gaveta da cozinha. Claro que vocês já adivinharam que não tinha vela nenhuma lá, né?! Muito tranquilamente, voltei ao exterior selvagem e fui no mercado comprar vela. Mas, como as caixas registradoras são todas movidas a eletricidade, o supermercado estava fechado, obviamente. Andei um pouco e cheguei a "parte com luz" do bairro, que nunca é a que você mora, claro. Comprei velas, cheguei em casa e fui ligar para Cela, já que não tinha Internet, graças a falta de luz.

O golpe de misericórdia: tinha 2 minutos no cartão de chamadas internacionais!

Bem, pelo menos mantive a calma. Foi um exercício interessante. Mas não acabou, depois conto essa semana, que tem sido a continuação da Sexta...

Apesar de tudo, continuo mantendo meu novo humor. Mas começo achar que talvez seja alguma coisa mental, isso já não é mais calma, já é leseira.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Despertador Felino

Me mandaram hoje esse vídeo que retrata exatamente o que acontece TODOS OS DIAS -- incluindo Sábados, Domingos e Feriados -- lá em casa.



A única diferença é a cor do gato e o taco de beisebol. Mas ele também finge que estava dormindo depois de me acordar, o desgraçado!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

The Final Countdown

Pois é... Hoje começamos oficialmente a contagem dos segundos para a viagem. Cela tinha me pedido um contador, como o que eu fiz para a viagem dela pra cá e eu saí procurando pela net coisas que tivessem a ver com "Pandas" e "Viagens de Avião". Graças ao Google encontrei algumas coisas muito interessantes...

A primeira foi uma foto de um panda, gordíssimo, muito tranquilo e serelepe viajando como gente, ou seja, na cabine, e comendo tranquilamente seu bambuzinho. Eu sabia que algumas companhias aéreas tinham refeições especiais para diabéticos, hipertensos e celíacos, por exemplo, mas não sabia que serviam bambu.

Além disso, descobri que a ANA (All Nippon Airways), uma companhia aérea japonesa, tem um avião panda, que é um sucesso de público e crítica. É um avião normal, mas todo pintado com o padrão de pelagem de um Panda Gigante. Então resolvi usar a imagem do avião sobrevoando alguma paisagem de Londres no meu contador.

Modéstia à parte, ficou perfeito!

Fora isso, ontem foi "Dia dos Namorados" aqui e na Inglaterra e, infelizmente, mais uma data que passamos longe um do outro. Mas aproveitamos um pouquinho via Skype...

O contador eu vou deixar aí em cima até ele zerar. Na verdade, ele deve ficar uns dias -- ou semanas -- aí depois de zerar, já que isso acontece quando eu chego em Londres e não dá pra esperar que eu venha atualizar o blog estando lá com minha pandinha, né?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Voltando ao assunto...

Bem... Vamos tentar voltar a escrever aqui mais uma vez, depois de quase um ano. Espero que meus fãs ainda entrem de vez em quando para ver se há sinal de vida. Sim! Há! Estou vivo e me bulindo, como se diz lá por Recife. É claro e óbvio que ninguém vai notar essa mensagem até que acabe o Carnaval, mas, tudo bem, eu espero. Quem sabe se, quando a Globo estiver enchendo o saco de todos com a transmissão dos G.R.E.S (que só Dinda gosta!), alguém não passa para "dar uma olhada".

As novidades são muitas, óbvio, então não vou falar tudo de uma vez, assim tenho assunto para muitas mensagens, garantindo algum tempo de sobrevida em mais esta tentativa de reativação.

A primeira é que estou de passagem comprada para visitar Marcela em Londres. A última vez que a vi, ano passado, foi quando esteve aqui, como podem perceber pela última mensagem colocada no blog. Viajo dia 26 de Março e passo 15 dias lá. Estamos ambos contando as horas (e os segundos, minutos, etc).

A segunda nova é que recauchutei meu site profissional e vou começar um raid de currículos essa semana, para ver se engato entrevistas para quando estiver por lá pelas terras da rainha. Opiniões sobre o novo visual são benvindas...

Por último, pelo menos para essa mensagem, adicionei à lista de "expatriados" aí ao lado, o engraçadíssimo blog do meu querido Bruno Piffardini que, apesar de viver em Recife, não deixa de ser um expatriado, já que é paulista. Nele, ele fala de literatura, jogos e bobagens em geral. Muito bom!

E é tudo. Ou, como diria o bom e velho Pernalonga, por hoje é só, pessoal!