quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Quer aloprar, é?

Todo mundo sabe que eu não sou lá o Senhor Paciência, mas ultimamente, acho que por já estar, por default, de saco cheio de tudo aqui, ando um pouco mais irritadiço que o normal... Dá pra visualizar?! Pois bem, Quinta passada eu resolvi seguir as dicas e me esforçar para não me estressar muito com bobagens... Foi o suficiente para o Mundo, a Vida, o Acaso e todas estas entidades abstratas que são fiéis seguidoras da Lei de Murphy, declararem guerra a minha, já facilmente irritável pessoa...

Sexta, já cedinho, o meu forno recusou-se terminantemente a acender e, quando fui abrir o pacote da comida do gato ele meio que explodiu, jogando ração pela cozinha e sala -- ou seja, 75% da casa -- e me obrigando a agradabilíssima atividade de varrer o chão. Duplamente agradável quando feita as 6:30 da manhã, todos deveriam tentar uma vez por semana, pelo menos. Normalmente eu ficaria puto e veria como um presságio de mal dia. Mas eu só dei aquele risinho superior, como Prometeu deve ter dado quando teve a genial idéia de roubar o fogo dos Deuses, mal sabendo que ia se f... mais na frente, e segui adiante.

O dia foi estressante no trabalho, mas nada digno de nota, tirando o fato de ter, exatamente 1.275.403 vezes, o seguinte diálogo:

- Tás doente?
- Não, porque?
- Não reclamasse de nada hoje.
- Ha ha ha.

O golpe de misericórdia estava reservado, maquiavelicamente, para aquela hora mágica da semana, ou seja, o final do dia de trabalho da Sexta, início do esperado fim de semana...

Quando saio do trabalho, cedinho, porque queria falar com Cela no Skype. Uma chuva de proporções épicas. Sério. Saí na chuva, assim mesmo, pois "não queria me atrasar" e não ia ser um toró de nada que ia me impedir de chegar cedo em casa -- de novo a superioridade dos tolos mortais que enfrentam as forças da natureza e de Murphy. Claro, o metrô estava parado. Todas as linhas! Nunca vi isso. Mas ainda assim, continuei rindo, tranquilo, e fui esperar um táxi.

Meia hora depois, já que não há táxi suficiente para todos os Bonairenses, passa um livre, mas como ele me viu "em cima" parou a uns 10 metros. Obviamente, do Nada (Outra daquelas entidades abstratas superpoderosas), surge um porteño filho da puta e entra no táxi antes de mim. Touché!

Assumo que fiquei puto por uns 3 segundos antes de racionalizar e voltar ao meu não usual bom-humor. Desisti de esperar o táxi e pensei "Vou andando pela Córdoba, que é na direção de casa, ligado em algum táxi, na pior das hipóteses ando uns quarteirões antes de chegar um...". Depois de muitos quarteirões, nada de táxi, mas a estação do metrô indicava que a minha linha estava com serviço limitado. Desci e ele estava normal de onde eu vinha (ou seja, do trabalho) até duas estações de onde eu estava. Ou seja, estava funcionando normal agora, pelo trecho que eu já tinha andado. Aí já é requinte de crueldade, né? Peguei o metrô pra andar as duas estações que falatavam e caminhei o resto seguindo a lógica de esperar o táxi andando. Resultado: cheguei, a pé, à gloriosa Ilha Palermo. É. O bairro estava com água no tornozelo, algumas ruas na canela.

Finalmente, quando chego em casa, todo molhado, mas tranquilo -- o que já me daria direito a um troféu! -- está faltando luz. Mantive a calma e fui, muito pacientemente, procurar uma vela na gaveta da cozinha. Claro que vocês já adivinharam que não tinha vela nenhuma lá, né?! Muito tranquilamente, voltei ao exterior selvagem e fui no mercado comprar vela. Mas, como as caixas registradoras são todas movidas a eletricidade, o supermercado estava fechado, obviamente. Andei um pouco e cheguei a "parte com luz" do bairro, que nunca é a que você mora, claro. Comprei velas, cheguei em casa e fui ligar para Cela, já que não tinha Internet, graças a falta de luz.

O golpe de misericórdia: tinha 2 minutos no cartão de chamadas internacionais!

Bem, pelo menos mantive a calma. Foi um exercício interessante. Mas não acabou, depois conto essa semana, que tem sido a continuação da Sexta...

Apesar de tudo, continuo mantendo meu novo humor. Mas começo achar que talvez seja alguma coisa mental, isso já não é mais calma, já é leseira.

2 comentários:

  1. hahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha!!!!!!!Acredite, fiquei com pena, mas é muito engraçado!!!
    Sei que foi um exercício dificílimo, manter o bom humor depois de tudo.
    ÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓTIMO!!!!!!!

    Beijos

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  2. É foda mesmo. Mas até eu achei engraçado de tão trash que foi...

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