Boas-vindas, cigarros e culinária

Hoje, depois de uma semana, finalmente tivemos a apresentação introdutória da empresa com o pessoal do RH. Aquela velha estória de normas internas, atrasos, faltas, férias, blá, blá, blá... Como sempre, teve um coffee break, do qual não aproveito nada já que é composto basicamente de doces, e depois continuamos com a apresentação dos benefícios. Nesse ponto os caras são pro! Descobri que até curso de teatro a gente pode fazer gratuitamente, se quiser.

Amanhã faço o exame admissional que -- sem querer soar como o povo deslumbrado que sai do país e acha que tudo que vê é foda, mas já soando -- é outro nível. Aí no Brasil chega aquele médico com cara de funcionário de repartição pública, faz umas perguntas, dá aquela olhada por alto, mede a pressão e pronto; já aqui eu não sei exatamente como é, mas só pelo fato de me mandarem fazer jejum de 8 horas e pedirem uma amostra de urina, já dá pra ver que a brincadeira é outra.

Outra coisa que esqueci de comentar é que estou fumando menos. Trabalhando no terceiro andar de um prédio onde é proibido fumar em todos os ambientes, torna-se complexa a logística, não é? Assim, reduzi consideravelmente a quantidade de cigarros ao longo do dia, o que é ótimo. Engraçado é que a proibição tem umas consequências exdrúxulas, a principal delas o engarrafamento de fumantes depois do almoço, hora que todo fumante desce e os elevadores ficam super lotados, todos com seu cigarro e isqueiro numa mão e o acompanhamento -- café, capuccino, coca-cola -- na outra.

Pra terminar, comecei a fazer meu almoço em casa esta semana. Não dá para ficar comendo na rua, já que os caras aqui só comem batata e carne, complementando com alguma massa (mais uma herança dos Italianos!) ocasionalmente. Não sei como eles sobrevivem com essa dieta! Porém, ou eu desaprendi a cozinhar até o básico, ou o sal deles aqui é bizarro, pois até agora não consegui acertar a mão em nada; a comida sempre fica insossa.