quinta-feira, 24 de junho de 2010

O presente perfeito!

Tem presentes que são bons, outros que são ótimos e uns poucos, muito raros, que são perfeitos. São aqueles que dão aquela sensação autêntica de que ganhamos exatamente aquilo que mais queríamos, sem tirar nem por. São presentes que não podem, nem precisam, ser melhorados.

Eu me lembro de alguns que me fizeram sentir assim em momentos distintos da minha vida: o robô Arthur de controle remoto (Que anos depois viria a se rebelar contra a família, atacando Ugo), o Falcon que mexia o olho, os dois videogames (Dynavision e o Phantom System) e o meu furão, Ludo. Além dos que eu não lembro, porque era muito novo, mas que provavelmente foram iguais, como a primeira bicicleta e o meu Jipinho que Tio Sérgio perdeu no Carnaval de Olinda (olha o trauma!).

Pois bem, anteontem Pupi, a menina Argentina que mencionei aqui, me deu mais um desses, o que é, por si só, surpreendente, já que nos conhecemos há tão pouco tempo! Ganhei uma edição do Pequeno Príncipe, em Castellano, que já li ontem mesmo. À primeira vista pode parecer estranho que seja tão importante assim, mas eu explico...

Eu tenho uma relação um pouco forte com este livro. Foi o primeiro livro mesmo (com mais texto que figura) que eu tenho lembrança de ter lido. Também foi o primeiro livro de verdade que ganhei de presente, de Bivó, que sempre foi a maior estimuladora a leitura que tive. Ainda tenho ele lá em Recife, numa edição caindo aos pedaços, com a capa solta, mas que tem uma dedicatória linda dela. Junto com o santinho que ganhei na primeira comunhão (sim, eu fiz primeira comunhão, por incrível que isso possa parecer) são as duas principais lembranças que ainda tenho dela.

Fora isso, é um livro que eu admiro muitíssimo, apesar de ser o livro de cabeceira de 9 em cada 10 Misses, porque ele evolui junto com a gente. Você lê ele aos 8 anos e ele consegue dialogar contigo. Depois você vai crescendo, e relendo ele aos 12, 16, 18, 20, 30 anos, e ele continua dialogando contigo. É como se fosse mudando, a medida que a gente muda. Mas, a verdade é que nós é que vamos entendendo cada vez mais as entrelinhas desse tratado sobre a natureza humana. Se você nunca leu, leia. Mas já aviso que a melhor parte, que é essa evolução, você já perdeu.

Enfim... Estava querendo reler o livro já a algum tempo, como parte do meu processo de relê-lo ciclicamente e havia pedido o de Pupi emprestado, já que o meu está em Recife. Ao invés disso, ela me deu um novo com uma dedicatória lindíssima, que só não coloco aqui por que não perguntei a ela se podia, e me fez sentir exatamente como me senti quando recebi cada um dos presentes que eu listei acima. Incrível!

Nenhum comentário:

Postar um comentário