
Eu me lembro de alguns que me fizeram sentir assim em momentos distintos da minha vida: o robô Arthur de controle remoto (Que anos depois viria a se rebelar contra a família, atacando Ugo), o Falcon que mexia o olho, os dois videogames (Dynavision e o Phantom System) e o meu furão, Ludo. Além dos que eu não lembro, porque era muito novo, mas que provavelmente foram iguais, como a primeira bicicleta e o meu Jipinho que Tio Sérgio perdeu no Carnaval de Olinda (olha o trauma!).
Pois bem, anteontem Pupi, a menina Argentina que mencionei aqui, me deu mais um desses, o que é, por si só, surpreendente, já que nos conhecemos há tão pouco tempo! Ganhei uma edição do Pequeno Príncipe, em Castellano, que já li ontem mesmo. À primeira vista pode parecer estranho que seja tão importante assim, mas eu explico...
Eu tenho uma relação um pouco forte com este livro. Foi o primeiro livro mesmo (com mais texto que figura) que eu tenho lembrança de ter lido. Também foi o primeiro livro de verdade que ganhei de presente, de Bivó, que sempre foi a maior estimuladora a leitura que tive. Ainda tenho ele lá em Recife, numa edição caindo aos pedaços, com a capa solta, mas que tem uma dedicatória linda dela. Junto com o santinho que ganhei na primeira comunhão (sim, eu fiz primeira comunhão, por incrível que isso possa parecer) são as duas principais lembranças que ainda tenho dela.
Fora isso, é um livro que eu admiro muitíssimo, apesar de ser o livro de cabeceira de 9 em cada 10 Misses, porque ele evolui junto com a gente. Você lê ele aos 8 anos e ele consegue dialogar contigo. Depois você vai crescendo, e relendo ele aos 12, 16, 18, 20, 30 anos, e ele continua dialogando contigo. É como se fosse mudando, a medida que a gente muda. Mas, a verdade é que nós é que vamos entendendo cada vez mais as entrelinhas desse tratado sobre a natureza humana. Se você nunca leu, leia. Mas já aviso que a melhor parte, que é essa evolução, você já perdeu.
Enfim... Estava querendo reler o livro já a algum tempo, como parte do meu processo de relê-lo ciclicamente e havia pedido o de Pupi emprestado, já que o meu está em Recife. Ao invés disso, ela me deu um novo com uma dedicatória lindíssima, que só não coloco aqui por que não perguntei a ela se podia, e me fez sentir exatamente como me senti quando recebi cada um dos presentes que eu listei acima. Incrível!
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