terça-feira, 29 de junho de 2010

Mais copa, mais preguiça e vuvuzelas...

Domingo foi dia de preguiça em casa com Pupi e Loki o dia todo. Só saí para comprar víveres (eles nem isso!). Também foi um dia tipicamente porteño: almocei empanadas (do El Sanjuanino, dica de K2), tomei mate e torci pela seleção celeste e branca com minha nova camisa.

Segunda voltamos ao ritmo intenso do trabalho, porém, com intervalo para o jogo do Brasil no meio da tarde. Finalmente a seleção jogou como convém a um pentacampeão. Fazia tempo que eu não via esse povo jogar com vontade de fazer gol. E jogaram até o final. Me emocionei! Essa copa está legal, exceto pelas malditas Vuvuzelas..

Sério. Que negócio chato do caralho! Até eu que sou assumidamente chato e normalmente gosto de coisas que enchem o saco, cansei da tal da Vuvuzela. E ainda vem neguinho dizer que a Orquestra Sinfônica de São Paulo vai incluir o bizarro instrumento (?) em suas apresentações. Pode uma merda dessas? Um negócio que, como mostra o vídeo abaixo, nem Hitler aguenta!


Perdão pelas legendas em Inglês, não achei em Português...

sábado, 26 de junho de 2010

Em clima de Copa

A semana do inferno acabou e hoje foi mais um dia de preguiça. Mais ou menos. Acordei super cedo, fiz as coisas da casa e saí para fotografar pelo bairro, já que não tinha tido tempo ainda de conhecê-lo. Depois coloco as fotos aqui.

Também fui numa loja de esportes comprar uma camisa do Brasil, mas, obviamente, não tinha mais. Imagino que é porque tem mais saída que a da Argentina, afinal, todos querem uma camisa de uma seleção campeã! Pentacampeã, melhor dizendo...

Porém, como tinha uma camisa da seleção Argentina com meu nome nas costas (O número 18, pra quem não sabe, é Martin Palermo, do Boca Juniors), aproveitei e comprei ela! Todo mundo ficou puto porque eu publiquei essa foto com a camisa no Facebook... É engraçado como os brasileiros são muito mais anti-argentinos do que o inverso!

Pois bem, aviso logo aos navegantes: se me encherem muito o saco assisto o próximo jogo do Brasil com ela. E bebendo Quilmes!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

E uma coisa boa antes de deitar...

A Pupi agora está lendo o blog, também, para treinar o Português e, incrivelmente, consegue entender minhas mensagens cheias de gírias e palavrões... Assim, depois de ler a postagem sobre o livro, me autorizou formalmente a publicar a dedicatória linda que mencionei.

Então incluo ela abaixo:
A Bruninho cuando era niño...

Para mi rey, nada
mejor que el principito...

Este es para que lo tengas
siempre con vos (ahora
en castellano) y para
que me tengas presente
a mi con él. =)

Te quiero mucho!!

Pupita
É ou não é linda? Ah, e antes que alguém pergunte, ela não é baiana! "Meu rei" é uma brincadeira...

Adivinha quem está de volta?

Pois é. Os dias de cão voltaram! Ontem e hoje foram dias meio infernais, já que hoje foi a entrega do FPP, sigla pra First Playable Prototype ou, no nosso idioma mais evoluído, Primeiro Protótipo Jogável. Este tipo de entrega já é, naturalmente, estressante, mas, neste caso, tem um extra: esse é o primeiro protótipo depois daquelas "mudanças hostis" no projeto. E o pessoal de Paris achou que ia ser legal se a gente fizesse o trabalho todo que fizemos nos últimos 3 meses em 3 semanas e pouco. E tome chibata!!

Resultado: acabo de chegar em casa e a versão tá com tanto bug que não mandamos hoje! O que significa que amanhã tem mais, então, vou tomar meu leite quente e dormir...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O presente perfeito!

Tem presentes que são bons, outros que são ótimos e uns poucos, muito raros, que são perfeitos. São aqueles que dão aquela sensação autêntica de que ganhamos exatamente aquilo que mais queríamos, sem tirar nem por. São presentes que não podem, nem precisam, ser melhorados.

Eu me lembro de alguns que me fizeram sentir assim em momentos distintos da minha vida: o robô Arthur de controle remoto (Que anos depois viria a se rebelar contra a família, atacando Ugo), o Falcon que mexia o olho, os dois videogames (Dynavision e o Phantom System) e o meu furão, Ludo. Além dos que eu não lembro, porque era muito novo, mas que provavelmente foram iguais, como a primeira bicicleta e o meu Jipinho que Tio Sérgio perdeu no Carnaval de Olinda (olha o trauma!).

Pois bem, anteontem Pupi, a menina Argentina que mencionei aqui, me deu mais um desses, o que é, por si só, surpreendente, já que nos conhecemos há tão pouco tempo! Ganhei uma edição do Pequeno Príncipe, em Castellano, que já li ontem mesmo. À primeira vista pode parecer estranho que seja tão importante assim, mas eu explico...

Eu tenho uma relação um pouco forte com este livro. Foi o primeiro livro mesmo (com mais texto que figura) que eu tenho lembrança de ter lido. Também foi o primeiro livro de verdade que ganhei de presente, de Bivó, que sempre foi a maior estimuladora a leitura que tive. Ainda tenho ele lá em Recife, numa edição caindo aos pedaços, com a capa solta, mas que tem uma dedicatória linda dela. Junto com o santinho que ganhei na primeira comunhão (sim, eu fiz primeira comunhão, por incrível que isso possa parecer) são as duas principais lembranças que ainda tenho dela.

Fora isso, é um livro que eu admiro muitíssimo, apesar de ser o livro de cabeceira de 9 em cada 10 Misses, porque ele evolui junto com a gente. Você lê ele aos 8 anos e ele consegue dialogar contigo. Depois você vai crescendo, e relendo ele aos 12, 16, 18, 20, 30 anos, e ele continua dialogando contigo. É como se fosse mudando, a medida que a gente muda. Mas, a verdade é que nós é que vamos entendendo cada vez mais as entrelinhas desse tratado sobre a natureza humana. Se você nunca leu, leia. Mas já aviso que a melhor parte, que é essa evolução, você já perdeu.

Enfim... Estava querendo reler o livro já a algum tempo, como parte do meu processo de relê-lo ciclicamente e havia pedido o de Pupi emprestado, já que o meu está em Recife. Ao invés disso, ela me deu um novo com uma dedicatória lindíssima, que só não coloco aqui por que não perguntei a ela se podia, e me fez sentir exatamente como me senti quando recebi cada um dos presentes que eu listei acima. Incrível!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Gato, violão e muita preguiça...

Ontem foi feriado aqui. Dia da bandeira e aniversário do falecimento do General Belgrano que, perdoem minha ignorância sobre temas básicos da História Argentina, deve ter sido um cara foda, só perdendo em fodismo para "El Libertador" General San Martin, já que ambos competem para ver quem tem mais coisas com o nome deles aqui...

Como todo "Domingo Duplo", foi um dia de preguiça extrema. Embora tenha acordado às 7h da manhã, contrariando a tradição tanto de Domingos, quanto de dias pós-jogo, me concentrei em manter o grau de esforço físico o mais baixo possível. A manhã eu gastei vendo toda sorte de filmes retardados e seriados que estavam passando na TV. O bom de TV a cabo é isso: sempre tem uma merda pra ver em um dos trocentos canais. Só levantei da cama mediante protestos de Loki que queria, com razão, que eu colocasse o café da manhã dele. Na verdade, os protestos e a petição por escrito em três vias registradas em cartório foram completamente ignoradas, mas ele apelou e é meio difícil ignorar garras atravessando o edredom e cravando na sua barriga enquanto os fundos do gato tapam sua visão da TV...

Durante a tarde -- sim, o café da manhã foi na hora do almoço! -- fiquei tocando violão para minha audiência particular, ou seja, o felino citado acima que, por alguma razão estranha, não tem mais medo do violão. Das duas uma, ou eu tô tocando melhor ou escolhi músicas que agradam ele, porque o danado, que normalmente se esconde embaixo da cama quando vê o violão ser retirado da capa, simplesmente deitou do meu lado no sofá e cochilou.

Tava precisando de um diazinho assim...

sábado, 19 de junho de 2010

Bra-sil, bra-sil, bra-sil...

Eu sei que, apesar de ter voltado estou escrevendo aqui com uma frequência merda. Uma vez por semana é foda! Mas vou tentar melhorar isso. A copa chegou e a Argentina, como o Brasil, se transforma durante esse evento que, segundo um taxista, deveria acontecer todo ano. Eu pensava que a parada aqui ia ser mais hostil, mas os Argentinos realmente gostam da nossa seleção e torcem pela gente. Assim, cúmulo do bizarro, me vi torcendo pela Argentina também! Claro, isso só dura até a final, quando a gente vai dar uma lapada tão grande neles que Maradona vai mudar o nome pra Pelé de tão desnorteado. O plano já tá feito: Brasil ganhando a copa, numa final contra a Argentina, penduramos uma bandeira no Obelisco... Sério. Não é piada!

Outra novidade é que descobri um restaurante Brasileiro, chamado Beleza Pura, aqui em Buenos Aires. Não é um restaurante Argentino que faz comida Brasileira. É um restaurante Brasileiro MESMO. Roots. Ler o cardápio é um exercício de auto-controle. Ele começa na seção "Salgadinhos", que já mostra a que veio, listando Coxinha, Empada, Pão de Queijo, etc. Na seção seguinte, de entradas, eles abrem com Acarajé e vão até Macaxeira Frita, Carne de Sol Acebolada e, pro paulistas, ou apaulistados como eu, Polenta Frita! Nesse ponto já tem tanta coisa que você quer comer, que você tem impulso de nem ler a seção de pratos principais. Talvez seja uma boa idéia fazê-lo, porque eles tem de Feijoada, a Bobó de Camarão, passando por Vatapá, Moqueca, Virado a Paulista e Arrumadinho, só pra citar os mais célebres.

Enfim, o jeito é você organizar um plano para ir lá diversas vezes, já sabendo o que vai pedir em cada uma de antemão. Ah. Para vocês que comem doce, tem Cocada, Brigadeiro e Beijinho também! E, obviamente, se bebe Skol, não Quilmes! O ambiente todo é bem legal, música brasileira no som, William Bonner na TV dando as notícias, uma carranca no meio do restaurante e uma estante com todos os milhões de cachaças existentes.

Fora isso, as coisas melhoraram 3000%. No trabalho tivemos umas mudanças hostis no projeto, mas são coisas que me agradaram muito apesar de triplicar a quantidade de trabalho, então, é como comentou mainha outro dia: um estresse bom. O apartamento novo é muito legal: menor, mais fácil de manter limpo e a 15 minutos do trabalho. Loki está praticamente acostumado e já não acha que não vou voltar cada vez que saio. Voltei a escrever e já escrevi meu primeiro conto originalmente en Castellano. Está terminado, mas é só um rascunho, por enquanto, falta lapidar.

Por último, aquele detalhe que normalmente tem o poder de foder tudo, mesmo quando tudo tá tranquilo: o coração. Vai bem, também, obrigado! Tô com uma Argentina agora, coisa recente, mas tudo anda às mil maravilhas... Por enquanto não vou entrar em detalhes, mas, dependendo do andar da carruagem, é provável que vocês ouçam falar dela no futuro.

sábado, 12 de junho de 2010

No capítulo passado...

Bem. Fiquei um tempão sem escrever nada. Tava meio sem saco, dada a sequência de acontecimentos ruins ou não tão bons assim. Terminou que não fiz o relato da aventura nas terras da Rainha. Mas, tudo bem, depois mostro as fotos a cada um e conto tudo! Agora vamos recapitular rapidamente para todo mundo poder acompanhar a novela normalmente...

Fui pra Londres, voltei, meu namoro acabou, fiquei meio completamente fudido por um tempo (mas já passou!), passei a odiar mais a Argentina, me organizei pra voltar a Recife, mas, numa reviravolta do destino, decidi ficar até o final do projeto em que estou trabalhando. Não tem pra que sair fechando portas, né?

Pois bem. Ontem me mudei. Por um lado é ruim não morar mais em Palermo, já que eu gostava da área e é legal morar em um bairro que tem teu nome, mas por outro estou num apartamento melhor -- apesar de menor -- mais perto do trabalho, e cuja dona não é um pé no saco como o dono do outro. Além de ter TV, na qual estou assistindo o morgadíssimo Argentina x Nigéria e vendo Maradona de terno no banco com cara de delegado decadente de delegacia de subúrbio.

Aproveito para colocar as fotinhas do meu novo apê, que terminei de arrumar às 2h da madrugada de hoje.